segunda-feira, 11 de julho de 2011

Desabafo

E ferozmente as falanges digitam
O que as palavras à boca n consegue arremessar
Alma pueril e fácil de escarnecer
Reenganar!
Ações torpes
Congelam os sentimentos
Apartam os cálices
Destroçam a  segurança.
Carece- o sorrir
Apenas a presa,a caça
Entre quatro paredes
Acorrentada aos devaneios perdidos
O som inaudível
Para os  viciados tímpanos.
 Com o  acorde dessa melodia...
Parto  de uma  criatura que não se distingue mais
Que procura em vão
Soldar  os pedaços...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DEVI



E ,não de repente,ela se põe atriz
Ininterruptamente  fora
A verdade vestiu-se com o pano mágico da mentira
Falácia das artes
No breu não se pode ver
Então ,a menina agora clarifica a íris dos meus olhos
E carrega apenas o teatro no peito
Com sua platéia, luzes, ardor..
Transpiração  noite e dia na cena
A imitação do que espera ser e não ser
Um só corpo repartido  e compartilhado em muitos rostos.
Um completo corpo
 De pura alma cênica!